quinta-feira, 26 de abril de 2012

BA: mesmo com reajuste, professores decidem manter greve



Professores acompanharam a votação do reajuste na Assembleia Legislativa
Foto: APLB Sindicato/Divulgação


LUCAS ESTEVES
Direto de Salvador
Os professores da rede estadual de ensino da Bahia decidiram em assembleia nesta quarta-feira que a greve, iniciada no último dia 11, continua. Na noite de terça, a Assembleia Legislativa aprovou o projeto que concede aumento de 22,22% aos professores de nível médio, mas não estendem o reajuste aos outros docentes.
O movimento acontece exatamente porque, segundo sindicato da categoria, o governador Jaques Wagner (PT) havia feito um acordo com os professores de que concederia o aumento a todos os professores. Para o presidente da APLB Sindicato, Rui Oliveira, não houve nenhuma movimentação do governo para negociar o fim da greve e a desocupação da Assembleia Legislativa, que acontece desde o dia 13.
A votação na casa legislativa ocorreu com aprovação após 33 votos a favor, 19 contra e duas abstenções. A única deputada do governo a votar contra o projeto foi a petista Luiza Maia. Já Kelly Magalhães (PcdoB), absteve-se do voto. Além do projeto que concede reajuste, um outro também foi votado para transformar benefícios da classe em subsídios. O sindicato alega que esta matéria retira todas as conquistas dos trabalhadores e que, no final do processo, os docentes baianos saíram totalmente prejudicados.
Além disso, o Tribunal de Justiça da Bahia decidiu manter a decisão da 5ª Vara da Fazenda Pública, que considerou a greve abusiva. O desembargador Gesivaldo Brito negou o pedido de liminar da APLB e sustentou que a educação é um serviço essencial e que, portanto, não pode ser interrompido. O sindicalista não quis falar sobre o assunto e disse que o departamento jurídico da APLB trabalha para reverter a situação.
Os professores devem se reunir em assembleia na sexta-feira, na Assembleia Legislativa, onde farão um enterro simbólico do governador Jaques Wagner e dos deputados que votaram a favor das novas leis.

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