Os
professores da rede estadual de ensino da Bahia entram no 13º dia de greve
nesta segunda-feira (23). Um grupo de trabalhadores permaneceu acampado no
saguão da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) durante todo o fim de semana,
segundo afirma a diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB).
A previsão é que eles fiquem no local até terça-feira (24),
quando deve ocorrer a votação do projeto de lei que assegura o piso nacional
aos 5.210 profissionais do nível médio, os únicos que ainda recebem abaixo do
estabelecido pelo governo federal.
O diretor
da APLB, professor Rui Oliveira, informa que na terça-feira será realizado um
ato público em comemoração ao aniversário da entidade sindical, com previsão de
começar às 9h. "Antes disso, vamos oferecer um café da manhã a partir das
7h30. O nosso aniversário vai ser um grande ato e várias categorias vão parar amanhã
[terça] em solidariedade aos professores", diz.
Cerca de
duas mil pessoas estão na AL desde a quarta-feira (18) e não têm interferido o
funcionamento das atividades no local, segundo a assessoria de comunicação do
órgão.
Negociação
Na semana
passada, professores fizeram protesto
no CAB (Foto: Reprodução/TV Bahia)
no CAB (Foto: Reprodução/TV Bahia)
"Até
agora o governo não mandou nenhuma proposta de acordo. O secretário, que antes
negava a existência de proposta, disse, via imprensa, que colocou na mesa uma
proposta para pagar em duas parcelas, em novembro e em abril, e que nós não
aceitamos. Mas o governo não nos chamou para negociar, apontar uma direção para
o problema, mas age de maneira truculenta dizendo que irá cortar o ponto",
afirmou Claudemir Nonato, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores em
Educação do Estado da Bahia (APLB).
O
sindicato exige o cumprimento do acordo de reajuste de 22,22% no piso nacional
por parte do governo, conforme prevê o acordo fechado entre as partes em
novembro do ano passado, não cumprido até o momento, segundo Nonato. "A
proposta diz que, entre 2012 e 2014, o professor terá o mesmo reajuste dado ao
piso nacional, que é de 22,22%. Até agora eles deram 6,5% [concedido a todos os
servidores públicos do estado], falta a diferença", comenta.
Já a
Secretaria de Educação da Bahia, através da assessoria de imprensa, informa que
o governo trabalha com a proposta de novembro de 2011, que prevê reajuste
escalonado até 2014. Reafirma ainda que, se os deputados aprovarem o PL na
terça-feira, os profissionais, em todos os níveis, receberão a partir de R$
1.451, com base na lei federal. Até o momento, os cerca de cinco mil
professores de nível médio têm salário de R$ 1.187,9, piso extinto em dezembro
do ano passado.
Professores
da rede estadual decretaram greve no
dia 11 de abril (Foto: Reprodução/ TV Bahia)
dia 11 de abril (Foto: Reprodução/ TV Bahia)
Corte no
ponto
Na noite de quarta-feira (11), a Secretaria enviou comunicado para as 33 diretorias regionais, na capital e no interior do estado, solicitando a folha de ponto dos professores estaduais durante o período da greve, iniciado no dia 11 de abril. Segundo o órgão, aqueles que tiverem faltado às atividades sofrerão corte na folha de ponto.
Por meio da assessoria de imprensa, a secretaria informou ao G1 que a medida se baseia na decisão do Tribunal de Justiça da Bahia, que determinou a ilegalidade da greve. Ainda segundo a secretaria, houve recomendação da Procuradoria Geral do Estado para o corte no ponto.
Na noite de quarta-feira (11), a Secretaria enviou comunicado para as 33 diretorias regionais, na capital e no interior do estado, solicitando a folha de ponto dos professores estaduais durante o período da greve, iniciado no dia 11 de abril. Segundo o órgão, aqueles que tiverem faltado às atividades sofrerão corte na folha de ponto.
Por meio da assessoria de imprensa, a secretaria informou ao G1 que a medida se baseia na decisão do Tribunal de Justiça da Bahia, que determinou a ilegalidade da greve. Ainda segundo a secretaria, houve recomendação da Procuradoria Geral do Estado para o corte no ponto.
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